'Uma pitadinha de drama, um pouquinho de amor. Uma amostra de experiência, um poço de problemas. Uma busca de respostas, o lugar do desabafo. A solução da minha angústia, o começo da minha história. O conto da minha vida, a compreensão de seres humanos. Os defeitos de uma menina sensível, as qualidades de um temperamento forte. Uma opinião sagaz dos obstáculos e meu maravilhoso mundo.'

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Com gostinho de quero mais


Encerrando mais um ciclo, terminando uma fase. Estou ansiosa pela nova caminhada que me aguarda, mas com certo receio. Tenho medo dos erros que ainda vou cometer, da repercussão dos meus atos já feitos, tenho medo de promessas. O meu maior receio está em cima da cobrança que faço em cima de mim mesma. Não sei se vou ser capaz, não sei quão forte sou, nem o que me aguarda. Acredito que pude passar por vários momentos que me proporcionaram reflexão. Pude perceber que perderei muitas pessoas de grande importância pra mim, e mesmo assim, o mundo não vai parar para que eu me recomponha. Não adianta acreditar em palavras, e criar expectativas, porque até mesmo nós mesmos costumamos contrariar o que dizemos. Eu aguardo um ano diferente, com mais alegrias, com mais realizações, com mais aprendizado. Queria desejar a todos que amo que amadurecêssemos ou passássemos um ano sem dores, sem sofrimento, sem muita luta. Mas até mesmo a construção do nosso caráter precisa disso. Então, vamos sofrer, lutar, vencer, amar, sorrir, chorar, viver. Viver intensamente, dar as caras. Correr contra o tempo e aproveitar intensamente todas as pessoas e momentos possíveis. Construir lações com raízes, sem pensar em fins, ou outros começos. Recomeços. Temos que fazer o impossível pelo nosso bem estar! Tem que ter fé, tem que buscar fé. Sem Deus nada vai se concretizar, então vamos procurar paz, vamos semear sentimentos bons, para receber de volta. A contribuição para um mundo melhor está em nossas mãos, então, antes de pensar em falar algo, AJA! Tem muitas crianças, muitas pessoas carentes, e até mesmo sua família e amigos esperando sua ação para transformar o mundo deles. Assim, sem egoísmo, e em prol de todos, a sua vida também será transformada. E 2012 vai vir com um gostinho de não-acaba-nunca! 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um brinde à mim mesma


Sou orgulhosa. Bato pé contra tudo que acho injusto, ou que é contra minha vontade. Quero o mundo em torno de mim mesma, não tenho a capacidade de admitir meus erros e pedir perdão com a facilidade de criticar e julgar quem erra comigo. Guardo mágoas. Não consigo esquecer quando alguém que muito admiro, me entristece. Sou teimosa. Quero contestar tudo que me falam, e adoro desafios. Se me desafiar, terá uma bela adversária. Dificilmente dou o braço a torcer. Quero vencer, vencer, vencer! Abstraio. Finjo de surda, muda, às vezes até cega, e passo por essa vida sorrindo, levando as coisas numa boa, apesar de muitas vezes machucada, perturbada. Me tornei mais fria. A vida, com todos os seus obstáculos e seus puxões de orelha, me fez enxergar coisas que eu não queria notar. Me enchi de muralhas, de segredos, de chatices. Não quero mais ser aquele tipo de pessoa decifrável, fácil de ser lida, fácil de ser encantada. O mistério vai reinar em mim. Tentarei me tornar mais amável, carinhosa, compreensiva. E principalmente, dar valor ao que realmente merece valor, e ao que me despertar interesse.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guardar mágoas das armadilhas do amor é vida.



Não é ódio. Mas dá raiva. Sentir esse frio na barriga, essa respiração ofegante, essa aceleração de batimentos, por quem? Por alguém que nem sequer sente minha falta, quer minha presença, ou fez valer a pena quando tinha ela. Eu valorizei muito um sentimento que só era dado, dificilmente notado, raramente retribuído. Eu quis transformar o mundo, lutar contra todo mundo, brigar com as mais importantes pessoas, e ver que de nada isso valeu. O ser humano é um bicho realmente impressionante. Quanto mais maltratado, quanto mais desvalorizado, mais valor dá. Tratar alguém bem é questão de educação, realmente. Mas endeusar alguém é demais. Endeusar alguém cheio de defeitos, que abriu  feridas que não se fecham em você, é masoquismo. Você tende a entrar em um buraco sem fundo, porque quer. E o pior disso tudo, com o maior prazer. Esse joguinho do amor é, sinceramente, a pior coisa que existe no mundo. Quem ama é pisado, até que um dia começa a esnobar a pessoa, e é amada. Pra que tanta burrice? Cadê a racionalidade em perceber que ser amado faz bem? Que se entregar e entrar num relacionamento não faz mal a ninguém? Na verdade, isso evita um milhão e meio de males. Mas demoramos pra entender isso. E demoramos ainda mais pra entender que não dá pra fugir da dor, nem das armadilhas do amor.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quando a experiência produz muralhas.



As coisas mudam tão rápido e a gente não pode fazer nada pra passar ou transformar. Escutar as pessoas dizendo que a gente tem que aproveitar ao máximo as pessoas que queremos bem, que amamos, é meio irônico. Essa vontade sempre existe na gente, mas o rancor do sofrimento e da luta em vão que fazemos, faz o orgulho encher a bola e isso dificilmente acontecer. Acredito muito que devemos valorizar e viver intensamente sem medo do amanhã com quem a gente gosta, fazendo o que a gente bem entender. Porém isso não é nem um pouco convincente, depois de tanto tempo fazendo de tudo pra que fosse o melhor momento, a melhor forma, o melhor sentimento, e nada demais acontecer. Na verdade, tudo acontecer. Mas da pior forma. Sofrer é ruim, mas pior ainda, é sofrer por escolha nossa. Sentir saudade também é ruim, porém pode ser bom. Bom quando aquela pessoa reciprocadamente também sente falta sua, quando os bons momentos prevalecem diante dos ruins mediante qualquer situação. Ruim quando a saudade maltrata e te faz perder o juízo. Além de te atormentar, te faz, por exemplo repensar milhões de vezes nas suas atitudes, com medo das suas consequências, mesmo sendo uma pessoa impulsiva, onde pensar duas vezes - ou, como agora, milhões de vezes - nunca foi seu forte. Tentar amenizar situações, gerar convivência por conveniência é uma coisa. Agora forçar um sentimento, manipular seus pensamentos, tentar fugir daquilo que um dia aconteceu e que você não vai fugir disso... Não é pra qualquer um não! Forte esses, eu admiro.