'Uma pitadinha de drama, um pouquinho de amor. Uma amostra de experiência, um poço de problemas. Uma busca de respostas, o lugar do desabafo. A solução da minha angústia, o começo da minha história. O conto da minha vida, a compreensão de seres humanos. Os defeitos de uma menina sensível, as qualidades de um temperamento forte. Uma opinião sagaz dos obstáculos e meu maravilhoso mundo.'

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Com gostinho de quero mais


Encerrando mais um ciclo, terminando uma fase. Estou ansiosa pela nova caminhada que me aguarda, mas com certo receio. Tenho medo dos erros que ainda vou cometer, da repercussão dos meus atos já feitos, tenho medo de promessas. O meu maior receio está em cima da cobrança que faço em cima de mim mesma. Não sei se vou ser capaz, não sei quão forte sou, nem o que me aguarda. Acredito que pude passar por vários momentos que me proporcionaram reflexão. Pude perceber que perderei muitas pessoas de grande importância pra mim, e mesmo assim, o mundo não vai parar para que eu me recomponha. Não adianta acreditar em palavras, e criar expectativas, porque até mesmo nós mesmos costumamos contrariar o que dizemos. Eu aguardo um ano diferente, com mais alegrias, com mais realizações, com mais aprendizado. Queria desejar a todos que amo que amadurecêssemos ou passássemos um ano sem dores, sem sofrimento, sem muita luta. Mas até mesmo a construção do nosso caráter precisa disso. Então, vamos sofrer, lutar, vencer, amar, sorrir, chorar, viver. Viver intensamente, dar as caras. Correr contra o tempo e aproveitar intensamente todas as pessoas e momentos possíveis. Construir lações com raízes, sem pensar em fins, ou outros começos. Recomeços. Temos que fazer o impossível pelo nosso bem estar! Tem que ter fé, tem que buscar fé. Sem Deus nada vai se concretizar, então vamos procurar paz, vamos semear sentimentos bons, para receber de volta. A contribuição para um mundo melhor está em nossas mãos, então, antes de pensar em falar algo, AJA! Tem muitas crianças, muitas pessoas carentes, e até mesmo sua família e amigos esperando sua ação para transformar o mundo deles. Assim, sem egoísmo, e em prol de todos, a sua vida também será transformada. E 2012 vai vir com um gostinho de não-acaba-nunca! 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Um brinde à mim mesma


Sou orgulhosa. Bato pé contra tudo que acho injusto, ou que é contra minha vontade. Quero o mundo em torno de mim mesma, não tenho a capacidade de admitir meus erros e pedir perdão com a facilidade de criticar e julgar quem erra comigo. Guardo mágoas. Não consigo esquecer quando alguém que muito admiro, me entristece. Sou teimosa. Quero contestar tudo que me falam, e adoro desafios. Se me desafiar, terá uma bela adversária. Dificilmente dou o braço a torcer. Quero vencer, vencer, vencer! Abstraio. Finjo de surda, muda, às vezes até cega, e passo por essa vida sorrindo, levando as coisas numa boa, apesar de muitas vezes machucada, perturbada. Me tornei mais fria. A vida, com todos os seus obstáculos e seus puxões de orelha, me fez enxergar coisas que eu não queria notar. Me enchi de muralhas, de segredos, de chatices. Não quero mais ser aquele tipo de pessoa decifrável, fácil de ser lida, fácil de ser encantada. O mistério vai reinar em mim. Tentarei me tornar mais amável, carinhosa, compreensiva. E principalmente, dar valor ao que realmente merece valor, e ao que me despertar interesse.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guardar mágoas das armadilhas do amor é vida.



Não é ódio. Mas dá raiva. Sentir esse frio na barriga, essa respiração ofegante, essa aceleração de batimentos, por quem? Por alguém que nem sequer sente minha falta, quer minha presença, ou fez valer a pena quando tinha ela. Eu valorizei muito um sentimento que só era dado, dificilmente notado, raramente retribuído. Eu quis transformar o mundo, lutar contra todo mundo, brigar com as mais importantes pessoas, e ver que de nada isso valeu. O ser humano é um bicho realmente impressionante. Quanto mais maltratado, quanto mais desvalorizado, mais valor dá. Tratar alguém bem é questão de educação, realmente. Mas endeusar alguém é demais. Endeusar alguém cheio de defeitos, que abriu  feridas que não se fecham em você, é masoquismo. Você tende a entrar em um buraco sem fundo, porque quer. E o pior disso tudo, com o maior prazer. Esse joguinho do amor é, sinceramente, a pior coisa que existe no mundo. Quem ama é pisado, até que um dia começa a esnobar a pessoa, e é amada. Pra que tanta burrice? Cadê a racionalidade em perceber que ser amado faz bem? Que se entregar e entrar num relacionamento não faz mal a ninguém? Na verdade, isso evita um milhão e meio de males. Mas demoramos pra entender isso. E demoramos ainda mais pra entender que não dá pra fugir da dor, nem das armadilhas do amor.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quando a experiência produz muralhas.



As coisas mudam tão rápido e a gente não pode fazer nada pra passar ou transformar. Escutar as pessoas dizendo que a gente tem que aproveitar ao máximo as pessoas que queremos bem, que amamos, é meio irônico. Essa vontade sempre existe na gente, mas o rancor do sofrimento e da luta em vão que fazemos, faz o orgulho encher a bola e isso dificilmente acontecer. Acredito muito que devemos valorizar e viver intensamente sem medo do amanhã com quem a gente gosta, fazendo o que a gente bem entender. Porém isso não é nem um pouco convincente, depois de tanto tempo fazendo de tudo pra que fosse o melhor momento, a melhor forma, o melhor sentimento, e nada demais acontecer. Na verdade, tudo acontecer. Mas da pior forma. Sofrer é ruim, mas pior ainda, é sofrer por escolha nossa. Sentir saudade também é ruim, porém pode ser bom. Bom quando aquela pessoa reciprocadamente também sente falta sua, quando os bons momentos prevalecem diante dos ruins mediante qualquer situação. Ruim quando a saudade maltrata e te faz perder o juízo. Além de te atormentar, te faz, por exemplo repensar milhões de vezes nas suas atitudes, com medo das suas consequências, mesmo sendo uma pessoa impulsiva, onde pensar duas vezes - ou, como agora, milhões de vezes - nunca foi seu forte. Tentar amenizar situações, gerar convivência por conveniência é uma coisa. Agora forçar um sentimento, manipular seus pensamentos, tentar fugir daquilo que um dia aconteceu e que você não vai fugir disso... Não é pra qualquer um não! Forte esses, eu admiro.   

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Permitir o mesmo tempo.


As pessoas ocupam o lugar e fazem as coisas que permitimos que façam ou que ocupem. Eu tentei, mentirosamente, tentar te excluir da minha vida. Me enganava, me  iludia que queria que você ficasse longe de mim, que eu te esquecesse, que nosso contato desaparecesse e realmente eu me visse livre. Mas cultivando isso, eu não percebia que estava me prendendo ainda mais. E esse castigo foi ainda mais doloroso. Eu trouxe você em meus pensamentos mais sórdidos. Eu quis ficar com outras pessoas pra suprir sua falta, eu quis me arrumar e sair para te impressionar, eu investiguei sua vida querendo saber se eu era melhor ou pior do que quem aparecia nela. E na verdade, isso só me fazia mal. Eu poderia ser incrivelmente mais bonita, simpática, inteligente, amável, carinhosa. Mas era ela que você encontrava uma verdadeira razão para viver. E era isso que eu queria que você encontrasse em mim. Porém, por causa dessa minha ambição de querer que você sentisse tudo, que seu mundo girasse em torno do meu, eu perdi. Eu perdi a chance de ter reciprocidade dos meus sentimentos. No entanto, depois de pensar racionalmente nos meus erros e nas suas consequências, eu vejo que tudo isso me fez mais do que bem. Foi essencialmente importante eu chorar, sofrer, te desejar o mal por tudo que me fez passar, para eu ver que nada adianta querer que a pessoa pague pelo o que ela me faz. Ela aprende sozinha, e não vai ser da melhor forma. Eu sei e acredito fielmente no "aqui se faz, aqui se paga". E acredito também, que todo meu esforço não foi em vão, e que minha recompensa pode demorar a chegar, e pode não ser nem metade do que eu mereço, ou acho que mereço. Mas vem. E vai vir de uma forma bonita, sincera, pura. E vai vir na hora certa. E vai vir logo depois que eu tornar verdade tudo aquilo que eu falo. Porque o que eu sempre quis não foi que você desaparecesse da minha vida, e sim que se tornasse uma parte verdadeira dela. Mas você, sempre me mostrou o que eu deveria esperar. E da mesma forma que eu quis que você entrasse e ficasse muito tempo em minha vida, em dou tempo suficiente pra você sair dela.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Não frágeis, bondosas.


Há quem diga que mulheres devem ser frágeis. Não. Mulheres devem ser femininas. Se arrumar, se perfumar, demonstrar a tal feminilidade. Nas ações, com um sorriso afetuoso, com um abraço sincero, com uma pele macia, com o cheiro e sabor característico do gênero. Nas palavras, com ternura, sinceridade, compreensão e amizade. Nos defeitos, com teimosia, birra, dengo. Nas qualidades, com disciplina, otimismo e perseverança. Mulher não tem que ser doce, tem que ser temperada. Não tem que ser boazinha, tem que ser feliz. Mulher não tem que amar desenfreadamente, tem que amar a si mesma. Mulher pode trocar uma lâmpada, matar uma barata, ser bem sucedida, ter seu carro. Na verdade, não pode. Ela deve. Porque assim como qualquer outro ser humano, ela vai lutar por isso. E o suor dela vale como o de qualquer outro. Até vezes mais. Porque por mais que a razão, tão qualificada para homens seja essencial e muitas vezes melhor que a emoção, o que seria dos homens sem a doçura, o teatro ou temperamento nada constante de uma linda mulher? Apesar de sermos delicadas, de uma unha quebrada ser capaz de arrancar lágrimas, de um simples grito acabar com nosso dia, isso tudo pode ser charme. Por trás da nossa armadura, nada convencional, temos a verdadeira proteção: o encanto de um coração e uma mente bondosas.

sábado, 29 de outubro de 2011

Pra provar que sou capaz.


A saudade maltrata? Demais, mas me fez um bem danado depois que eu a entendi. Ou depois que eu comecei a usá-la a meu favor, e não contra. Já sofri muito querendo estar perto de pessoas que, se quisessem estar perto de mim também, facilmente estariam. Mas não estão e nem fazem questão. Aprendi que posso lutar contra qualquer coisa, menos pelo o que eu sinto. Posso tampar meus olhos e não enxergar as coisas óbvias ao meu redor. Ou posso tampar meus ouvidos e não escutar os conselhos das pessoas que realmente me amam. Posso também me silenciar e aprender a conviver com as diferenças e com as opiniões contrárias das outras pessoas, também seres humanos. Mas não tampo meu coração, muito menos escondo meus sentimentos. E posso me mostrar forte o que for, meu olhar ou minhas atitudes, me traem. E as recordações e memórias, que eram a parte do meu ser que eu mais queria que desaparecessem, que evaporassem, se reacendem de uma forma impressionante. No entanto, depois de muito lutar contra isso, uso essas memórias e essa saudade a meu favor. Agora costumo ver as pessoas ao meu redor de forma diferente. Vejo que cada uma tem seu valor e sua prioridade em minha vida. Que o verdadeiro amor e cumplicidade está nas pessoas que me amavam antes mesmo de eu nascer, e que sinceridade, por mais que seja dura de ouvir, é o suficiente pra gente saber quem são aquelas que realmente querem nosso bem. Entendi agora que todos os tapas, que toda a dor que eu sentir nessa vida, vai ser para responder algum acontecimento futuro em minha vida. Me preparo com muita cautela pros obstáculos grandes e misteriosos que me aguardam. Me desejo boa sorte todo dia que acordo. Quero passar feliz, um dia de cada vez e no final disso tudo, ver que busquei minha felicidade em todos os momentos da minha vida. Eu vou provar que sou capaz.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O pra sempre, nem sempre acaba.


Sabe que dia eu deixei de sonhar com você desde o dia que a gente terminou? Nenhum. Sabe quando eu deixei de sentir falta das suas ligações? Nunca. Eu sei que eu posso lutar contra a maré, que eu vou tentar abafar todo o sentimento que tenho, mas meu coração não liga. É você que ele quer ver, é você que ele quer sentir, é você que ele quer amar. Independente da razão, dos milhares de motivos, das coisas mais óbvias e depois de todas as lágrimas derramadas, é você que faz ele bater mais forte. Ontem sonhei com você. Sonhei que te liguei, te chamei pra ir ao cinema, e você falou que iria comigo. Ao chegar lá, eu não te encontrava, porque na verdade você não foi. Eu te liguei, e você simplesmente falou que: "não queria mais". Engraçado, foi assim que a gente terminou. Mas essa frase era minha, você não tinha o direito de usá-la. Assisti ao filme sozinha, e chorei. Um filme de comédia, onde contrariava todas as outras pessoas, eu chorei. Como uma criancinha abandonada, que não sabia pra onde ir, ou o que estava fazendo ali. Fiquei sem chão, e então, senti meu telefone vibrar. Era você. Pediu que eu saísse da sala e fosse até a bilheteria. Eu não acreditei, e perguntei o que você estava pensando em me fazer de besta assim? "Pra variar, você me fazendo chorar, pra algumas horas depois, vir com o rabo entre as pernas. Não, eu não vou sair daqui e novamente, fazer seus gostos, obedecer suas vontades." Você então, falou mais uma vez, como já tinha me dito algumas vezes. "Você me deixa sem palavras. E o que eu mais queria era que minha maior vontade fosse obedecida por você. E essa vontade é te amar, ter você só pra mim. Será que vai ser sempre tão difícil?" "Se isso fosse só sua vontade, a gente poderia não ficar juntos no final. Mas essa também é a minha. E sei que esse fim, não é pra sempre."

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Paz interior.


Paz interior pra mim é mais do que a definição de tranquilidade. É um abraço quente e acolhedor na hora que eu mais necessito de amparo. É um beijo e um carinho quando meu mundo e minha cabeça anda à mil por hora. É uma palavra de consolo quando todo o resto parece querer ver o meu mal. É a chance que procuro pro amanhã, consertando os erros do ontem. Meu interior necessita de raiva, de agito, de conflitos. Diante deles, virão os sentimentos bons. O amor e a amizade combaterão a raiva, e qualquer coisa parecida com isso. Rancor e ódio então? Não perduram. O agito sempre se amansará diante da verdadeira felicidade. Aquela euforia proporcionada por alguns segundos de algo sem valor, contra a felicidade de uma conquista, um esforço, um descanso merecido mediante méritos meus. Os conflitos, esses sim, são os mais difíceis. Muitas vezes, comigo mesma, tendo a me criticar, a me achar incapaz, e me esqueço do meu tão amigo otimismo, e do meu maior ponto de paz: a fé. Podem ser conflitos externos, internos, fortes, inconscientes, raros, frequentes... A fé embala qualquer paz. Transtorna nosso ser de tamanha maneira, que nos vemos sempre capaz de alcançar o que sonhamos, de mudar o que sentimos, de nos tornamos pessoas melhores.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Algo que não se divide.


É uma invasão, uma falta de privacidade, um sufoco. Talvez não muito, talvez pouco demais, mas é essencial. Essa visita inconstante, surpreendente, imprevisível. É angustiante, entusiasmante, excitante não saber o que está por vir. É loucura, porém não se pode fugir, de coisas que iremos sentir, que insistem em vir... O tempo não apaga, o vento só exala, todo mundo se encalora. Com esse tanto, com esse muito, com esse tudo. Com essa falta de pouca coisa. Com esse conjunto de defeitos e qualidades, com essa junção de dois corpos. Que se tornaram um, que serão um, que farão dois se tornarem melhor sendo uno. Inconstantes pensamentos vem, fogem, trazem lembranças, querem mais histórias, escondem desafetos, demonstram momentos maravilhosos. Pequenos prazeres, poucas palavras, gestos que, aparentemente, não possuem significado algum. Os momentos, os melhores, estão guardados por não fazerem diferença na vida de ninguém que não seja eu mesma. As maiores lembranças são aquelas que eu trago no coração, que eu me alegro em lembrar, mas não quero falar pra ninguém. Elas são minhas, e elas, não quero dividir com ninguém.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ALEGRIA


De acordo com os sentimentos, guio meus passos, me perco no espaço, me atraco em pensamentos. Eu quero viver demasiadamente, sem medo dos obstáculos futuros, das consequências de ações passadas, de medidas que serão tomadas hoje. Como pode o futuro, o passado, o presente nos abalar, transformar dessa maneira? Eu quero um amor que eu possa contar para os quatro cantos da terra, que eu pare de reprimir. Que não me reprima. Eu quero mais que amizades eternas, eu quero verdade, quero amizades sinceras. Mesmo que durem um dia, uma hora. Eu quero um pensamento positivo diante de qualquer dificuldade que me for proposta. Porque o otimismo é capaz de mover montanhas, de proporcionar momentos de alegria. E a felicidade, ou a alegria, são momentos que dinheiro nenhum paga e não existe sentimento no mundo que valorize mais um segundo do que esse.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A estrada continua pra frente.


Tem coisas que a gente faz, depois quer voltar atrás.. Quer poder mudar soluções, finais, dúvidas, brigas e acontecimentos, mas em especial, o silêncio. Aquele dia em que eu podia ter me libertado dessa cruz, daquele fardo ruim, daquela sensação angustiante, e pior ainda, sufocante. Como me faz falta o tempo e maturidade pra assumir meus erros, para de desejar tanto percorrer o caminho de volta. Porém voltar atrás é a coragem que me falta pra falar tudo aquilo que sinto? E o medo? E o desejo? E a vontade? E a emoção acima da razão? Nossa, como é tensa a ideia de perder alguns minutos que poderiam mudar meu futuro e que eu joguei fora. Como é doloroso ver que eu posso querer mais que tudo, tentar comprar, aperfeiçoar, dar minha vida por uma viagem no tempo.. e o tempo que eu poderei viajar é meu próprio sentimento. É conciliar meu coração com minha cabeça e aprender a fazer as coisas no presente, enquanto posso e tenho poder sobre ele. O tempo vai logo passar, mais uma vez vou aprender, ou desaprender. Mais uma vez vou querer falar, e o silêncio é só o que resta. E restará.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Como se não houvesse amanhã


Eu não tenho adjetivos, substantivos, qualificações para demonstrar o que são meus momentos do seu lado. O conforto que tenho é o mesmo que encontro em meio à um milhão de amigos. A segurança que me passa é estranha, como se eu não precisasse mais de nada, como se eu tivesse um colete à prova de balas, sem necessariamente estar em mim. Nunca imaginei que a incerteza fosse o melhor tempero para uma relação. Aquela dúvida de que amanhã talvez tudo acabe, junto com a vontade de que o presente, então, dure para sempre. Viver intensamente nunca foi meu lema. Sempre planejei, sofri antecipadamente. Pra nada. Você chegou, e trouxe junto todos meus medos, aumentou meus desejos, e meus planos afloraram. Mas pro agora. Eu quero sentir cada minuto, falar o que me vem na cabeça exatamente naquele instante. Abraçar quando sentir vontade, xingar quando houver necessidade. Me arrepender das coisas que eu não fizer, me amar acima de tudo e, com isso, amar alguém de verdade. E quero, como quero, que essa pessoa seja você.

terça-feira, 1 de março de 2011

Família


Viver ultrapassa qualquer meta e dúvida que pode surgir. Os presentes que cada dia ganho às vezes parece pequenas coisas, às vezes não vem como presente, muitas vezes são coisas que demonstraram serem ruins. Mas aquele abraço que eu senti falta, aquela pessoa que deletei da minha vida, a importância que aquela pessoa deixou de ter ou aquelas palavras pronunciadas que me feriram, foram presentes. Eu cresço com absolutamente tudo que surge em minha vida. Para me tornar uma pessoa melhor, uma filha mais amorosa, uma amiga mais durona. Porque de compreensiva, simpática e bondosa eu já estou dando aula. Eu quero mais racionalidade e praticidade. Quero aprender a tornar os termos que eu sempre deixo vago, mais claros. Quero frases curtas pra mostrar se estou bem ou não. Porque ninguém é obrigado ou precisa saber o motivo pelo qual aquilo ocorre comigo. E eu demorei perceber que minha vida não faz diferença pra muitas pessoas que antes eu pensava se importar. Eu não desconfiei que minha dor não é fardo pra mais ninguém carregar que não seja eu. Querendo ou não, eu não vou ter sempre sorrisos, amparo quando me sentir sem chão. Não de quem eu imaginava. Mas quem é pra tá perto, está.. E sempre! E à minha família eu devo o sucesso que ainda vou ter, a alegria que eu ainda vou dar pra eles e o muito obrigado pelo melhor porto seguro que alguém poderia ter. Desculpa, mas EU tenho!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Simplificação


É uma indecisão que toma conta de mim. Eu não sei o que fazer, mas sei exatamente o que eu quero. Eu tento pronunciar palavras velhas guardadas aqui que não saem, não tem som e não possuem efeito algum em um aglomerado de pessoas. E sim em uma. O significado do ruim, do péssimo, do atormentador, do complicado, pra mim, tem tudo o mesmo significado. É atordoante, é ferida. Sim, a melhor palavra pra definir essas palavras que não saem, esse desejo que eu não controlo, é ferida. Aberta, que diferente das outras, nunca se cicatriza. Só se renova. Eu só alimento essa dor, e ela só cresce. Noite repentina, de luar cheio, de beleza contagiante. O que que falta? Pra que uma noite tão estonteante com tantas pedras? Com tantos devaneios? Eu queria algo mais simples. Eu sonho em um dia poder sonhar em algo belo e não doer. Eu torço para que um dia eu possa andar e não sentir mais essa ferida aberta. Dolorida e concreta. Sem fim!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A falta de razão


O abuso de emoções que transbordam pelo meu corpo me mantém em pé e ao mesmo tempo me maltratam. Eu não sei o que fazer com tanto amor, com tantas dúvidas e tenho muita pena das pessoas que no meu cotidiano tem que lidar com minhas birras. Eu sou um drama e complico a coisa mais simples do mundo só pra aquilo se tornar algo desafiador, e tentador. Eu me defino perigosa, pois mantenho uma linha de raciocínio extremamente calculista e abuso da emoção. Meio contraditório, talvez, mas meus obstáculos é acreditar em pequenos sinais e sentimentos verdadeiros vindos de outras pessoas. Porque um sorriso é fácil de ser dado, um beijo pode mostrar um calor extraordinário, uma lágrima pode comover de forma assustadora e um abraço acalmar meus tormentos. O meu real problema é acreditar na veracidade dessas situações, e dar um voto de confiança à mim mesma que existem pessoas que transparecem tanto quanto eu, que consegue se desmentir facilmente com pequenos gestos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Querer e superar.

"Quando a gente quer muito alguma coisa, tem que fazer algo que nunca fez." Dentre as primeiras ações a serem feitas, é reparar que acreditar é essencial. Acreditar em seus sonhos, em seus ideais. Acredite que seu valor, seus princípios são os melhores, que seus defeitos podem ser superados e que querer pode chegar à ser algo alcançado. Cansei daquela frasezinha medíocre que "Querer não é poder." Se eu quero, se eu luto por isso, eu vou conseguir. Quero ver quem vai ser o fera que vai fazer eu duvidar da minha capacidade. Levo broncas e muitas vezes me desanimo com pessoas especiais, como meus pais e amigos, diferente do que se deveria esperar. No entanto, o mérito de qualquer sucesso e sonho realizado em minha vida, vai ser meu. O que a opinião, vontade e gosto deles importam? O que eu sempre me limitei à dizer que NUNCA seria capaz, se tornou hoje algo que eu VOU conseguir fazer. Já que superar surpreende até o verbo querer.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Super poderes


Sonhei que tinha o poder de ler mentes. Me surpreendi, me horrorizei, me vi com outros olhos, odiei algumas atitudes minhas e quis entrar na mente diabólica de outras pessoas. Como seria se eu realmente tivesse esse poder? Talvez tudo estaria resolvido. Eu saberia como me comportar, o que dizer, como agradar alguém. Eu conseguiria fugir de muitos problemas, trapaças e ciladas que hoje eu me meto com facilidade. Eu seria uma garota de sorte, contradizendo tudo que eu sou hoje. Mas talvez esse poder não seria uma boa arma à uma cega. Cega que não vê que a alma é a parte do ser humano mais explícita. Pode ser interpretada por um olhar, por um gesto, por palavras e até mesmo, e principalmente, pelo silêncio. Eu sou completamente cega e burra porque pensava que precisaria de super poderes para encarar os fatos de frente. Me iludi que não sou forte e que não tenho capacidade, mas na verdade, eu me limito com tantos nãos que coloco em minha vida. E a leitura de mentes, sinto muito, é pouca coisa comparada com o otimismo e tranquilidade.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Meu eu lírico


Confusão. Distúrbio, indecisão, medo, receio. É verdade, mas é mentira. É quente, mas é frio. É solução, mas continua sendo um problema. Me pergunto quem eu sou, o que eu quero e quais são realmente os meus medos. Eu não tenho nem ideia. Na verdade, vem um turbilhão de coisas. Eu tenho medo da solidão, da falta de amor, de gritos, de brigas. Eu sou indecisa, dramática, intensa, complicada, nervosa. Eu quero ter um temperamento forte, auto-estima e acreditar nos meus sonhos. Eu quero escutar meu coração. E mais verdade ainda, é que eu não queria saber de nada disso. Eu queria não me conhecer, não saber meus defeitos, não me condenar por coisas que faço, ou ainda, pelas coisas que eu não tenho coragem de fazer. Ou dizer. Ou sentir. Eu queria me descobrir à cada dia, mas eu só afirmo o que eu já sabia, e somente descubro que sou ainda mais forte do que imaginava. Perco coisas e pessoas, ganho frieza e desapego. Brigo comigo mesma e com mundo, e me desculpo. Me perdoo de coração. Até porque, se eu não perdoar, tentar recomeçar e mudar totalmente depois de uma queda, eu não vou achar quem me tire do buraco, já que eu mesma não boto fé que posso sair dali.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Some soul


Encontrar com você me proporciona tranquilidade e dor. Machuca e alivia. É bom e ao mesmo tempo, insuportável. Escutar seus conselhos me abre o olho, mas faz eu alimentar minha mágoa. Admitir meus erros pra você me torna mais humana, mas me deixa mais hipócrita. Quantas vezes você também errou. Sorrir com você faz eu esquecer do mundo e eu fujo de todos os meus problemas. Mas minha mente me alerta e minha razão mais do que nunca me mostra que isso logo passa. E como passa rápido. Te querer bem me mostra como eu amadureci, porém faz eu sentir saudade do tempo em que eu me arrependia. Te encontrar e encostar em você me faz sentir um turbilhão de coisas ao mesmo tempo, muitas, contraditórias. Encostar em você intensifica a emoção que eu sinto, o vazio que eu assisto, a ilusão que eu insisto. Meu querer é muito mais do que estar perto, fazer parte, me fazer bem. Meu querer é estar bem. Eu estar bem comigo mesma, satisfeita com meu ideal, tentando cumprir com tudo que eu prometo. Estar bem com você mesmo, é aliviar a sua alma, consertar os seus erros, é lutar pela sua felicidade e seguir em frente. Sem mim.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A palavra vida.


O poder que a palavra vida tem em cima das atitudes, pensamentos, reflexões que o ser humano tem é intrigante. Uma palavra com quatro letras com tanta persuasão, com um valor indescritível. E o mais engraçado é que ela pode ser tranquila, acomodada e normal, mas quem disse que esse é o melhor lado? Uma coisa mais perigosa, surpreendente, aumenta o gás de qualquer pessoa. E não adianta fugir dos obstáculos e deslizes que o destino, nosso amigo, proporciona nessa pequena estrada que caminhamos. Pode chegar à ser devastador o estrago, porém a força que as tarefas cumpridas dão, compensa o esforço e o cansaço.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Passagem de sentimentos


Já se perguntou qual a melhor forma de sentir ou mostrar uma paixão? Já se questionou se seria capaz de sentir um sentimento tão envolvente e quente? Seria capaz de fazer alguém se apaixonar por você? Quando as coisas não vão bem, quando não se tem ninguém, a primeira pessoa que pensamos é em alguém que gostamos, que nos tira o ar, que transformou e transforma sua vida à todo instante. Mas existe uma pessoa como uma droga feita sob medida pra você, em que você não para de pensar e à todo momento quer estar junto. A sua cabeça não te obedece e logo se põe a pensar nela. Seus esforços e atitudes do dia-a-dia é em favor de um encontro, de uma harmonia ou da felicidade daquele ser humano especial. Somente quando essa pessoa começa a fazer realmente sentido em sua vida, onde você vê que também tem uma, onde ela pode ter seu espaço, onde você respira perto ou longe dela e o seu coração, em vez de enlouquecido, se torna sereno.. eu lhe digo, parabéns. Já não é mais paixão, já se tornou amor.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Roer unhas é como a vida.


Você a tem, cuida, trata, pinta e borda, lixa, espera crescer e de repente, você mesmo acaba por quebrá-la e roe até o final, sem pensar que jogou todo aquele trabalho fora. Roer unhas é que nem a vida. Uma busca em deixar aquelas unhas sempre bonitas, bem cuidadas e elogiada por todas as pessoas. No entanto, todo aquele entusiasmo acaba em meio à ansiedade ou simplesmente por uma mania e, aquela beleza tão valorizada, acaba. Ou se interrompe. O ser humano, em sua maioria, é assim. Se preocupa tanto com aquela estética, com a capa, e se esquece dos reais cuidados. O que custa evitar roê-la ou tentar não quebrá-la? O que custa cultivar seu interior e valorizar sua beleza para nenhum dos dois conseguir abalar sua harmonia? Se é seu, você cuida. Se realmente quer, valorize.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Exceder é vida! Exceda


Ao escutar minha vó pedindo pro meu irmão que ficasse mais quieto, que incomodasse menos e conseguisse ficar sem atentar ninguém da família, eu comecei a pensar no limite que as pessoas impõem sobre viver e aproveitar a vida. Talvez se ele não incomodasse tanto, não extrapolasse os limites, não teria graça. Ou teria? Viver com alguém calado, sem opinião, sem senso de humor, de difícil agrado e convivência? Tudo bem que o convívio com gente sempre agitada às vezes torna incomodativo. Mas quem não incomoda não tem a chance nem de ter alguém para não gostar dele. E, particularmente, eu acho muito mais legal e prefiro milhões de vezes mais que sintam raiva de mim ou que não gostem de mim, do que sentir pena. Pena não. Pra relacionamentos, amizade, convivência social, pena não dá. Compaixão é diferente e necessário, mas pena é crítico e destrutivo. E isso não é bom nem para um sentimento que criaram para parecer uma coisa boa, certo?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Frio.


Adoro tomar sol, o verão pra mim é isso! Mas quando saio do sol, que chego em casa, eu quero frio. Cobertor, chocolate, filme, pipoca, sonhos. Não tem coisa melhor! Mas deixemos claro, eu prefiro frio como condição de temperatura temporal, porque de corpo, literalmente, não é bom. Um abraço quente é o melhor presente que podemos receber, tanto quando estamos bem ou quando nos encontramos sem chão. A indiferença é a coisa mais fria do mundo. Nela, não existe sentimento, carinho, vontade, entusiasmo, surpresas. E vida assim, pra mim não dá. Eu gosto é da in-ten-si-da-de. E uma pessoa intensa que depois se torna indiferente é hipócrita. Cadê todo aquele amor, palavras e carinhos que declamava? Cadê aquela pessoa doce, amável, que era bom ter por perto? Não tenho dúvidas que, mesmo prefirindo um tempo fresquinho e um cobertor, eu fico com o fervor e a queima de um convívio com uma alma verdadeira.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O que realmente importa?


Estava olhando alguns sites para fazer a compra de livros, um passatempo meu. De repente, me deparo com esse livro: O que realmente importa? E na sinopse, ele reflete de uma maneira tão forte que me fez pensar o que realmente importava pra mim. E raramente, para não dizer nunca, parei para pensar nisso. E então me vi numa situação embaraçosa. Pra mim, o que importa, é aquele beijo que eu não dei, o abraço que eu não senti, a distância que eu sinto de alguém, o que eu ainda não aprendi e os valores e princípios que meus pais passaram pra mim. Besta, não? Mas isso fez eu olhar coisas que eu nunca tinha dado valor. Como as broncas e conselhos que meus pais me dão, e eu simplesmente não quero escutar. Verdade é uma coisa difícil de aceitar viu? Depois, que ironia, eu sentir falta das coisas que eu não fiz se tem tanta gente nesse mundo que se arrepende das coisas que faz. Tudo bem, muita coisa que eu já fiz foi errada, não tenho nenhum orgulho disso, e se eu pudesse voltar atrás com a mentalidade que eu tenho hoje, e sabendo as consequências que essas coisas teriam... eu faria a mesma coisa! Aquela velha frase que escutamos do nosso tataravô tem um amplo e real significado: "Tem males que vem para bem". E, querendo ou não, a dor que eu um dia senti ou que eu ainda, com toda certeza do mundo, vou sentir, vai me fazer uma pessoa melhor. E essa é a melhor consequência do mundo.