'Uma pitadinha de drama, um pouquinho de amor. Uma amostra de experiência, um poço de problemas. Uma busca de respostas, o lugar do desabafo. A solução da minha angústia, o começo da minha história. O conto da minha vida, a compreensão de seres humanos. Os defeitos de uma menina sensível, as qualidades de um temperamento forte. Uma opinião sagaz dos obstáculos e meu maravilhoso mundo.'

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guardar mágoas das armadilhas do amor é vida.



Não é ódio. Mas dá raiva. Sentir esse frio na barriga, essa respiração ofegante, essa aceleração de batimentos, por quem? Por alguém que nem sequer sente minha falta, quer minha presença, ou fez valer a pena quando tinha ela. Eu valorizei muito um sentimento que só era dado, dificilmente notado, raramente retribuído. Eu quis transformar o mundo, lutar contra todo mundo, brigar com as mais importantes pessoas, e ver que de nada isso valeu. O ser humano é um bicho realmente impressionante. Quanto mais maltratado, quanto mais desvalorizado, mais valor dá. Tratar alguém bem é questão de educação, realmente. Mas endeusar alguém é demais. Endeusar alguém cheio de defeitos, que abriu  feridas que não se fecham em você, é masoquismo. Você tende a entrar em um buraco sem fundo, porque quer. E o pior disso tudo, com o maior prazer. Esse joguinho do amor é, sinceramente, a pior coisa que existe no mundo. Quem ama é pisado, até que um dia começa a esnobar a pessoa, e é amada. Pra que tanta burrice? Cadê a racionalidade em perceber que ser amado faz bem? Que se entregar e entrar num relacionamento não faz mal a ninguém? Na verdade, isso evita um milhão e meio de males. Mas demoramos pra entender isso. E demoramos ainda mais pra entender que não dá pra fugir da dor, nem das armadilhas do amor.

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