Ao escutar minha vó pedindo pro meu irmão que ficasse mais quieto, que incomodasse menos e conseguisse ficar sem atentar ninguém da família, eu comecei a pensar no limite que as pessoas impõem sobre viver e aproveitar a vida. Talvez se ele não incomodasse tanto, não extrapolasse os limites, não teria graça. Ou teria? Viver com alguém calado, sem opinião, sem senso de humor, de difícil agrado e convivência? Tudo bem que o convívio com gente sempre agitada às vezes torna incomodativo. Mas quem não incomoda não tem a chance nem de ter alguém para não gostar dele. E, particularmente, eu acho muito mais legal e prefiro milhões de vezes mais que sintam raiva de mim ou que não gostem de mim, do que sentir pena. Pena não. Pra relacionamentos, amizade, convivência social, pena não dá. Compaixão é diferente e necessário, mas pena é crítico e destrutivo. E isso não é bom nem para um sentimento que criaram para parecer uma coisa boa, certo?
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